Meu filho Oriol

A esquina do bairro

Cornet Planells de Montserrat

Além de viajar pelo mundo, sempre fui apaixonado pela França, pela sua língua e por Paris. Eu acho que você saberá por este jornal e outras pessoas que meu filho, Oriol Bordas Cornet, acaba de morrer. Ele tinha 59 anos e, além de reger diversas orquestras, tocava todos os instrumentos. E estou falando de Paris porque quando Oriol fundou a orquestra Paris Barcelona Swing Connection foi um sucesso inesperado. Que eu, como mãe, estava animada.

“L’Oriol fundou a orquestra Paris Barcelona Swing Connection, o que me emocionou, como mãe”

lembrei-me do filas que foram feitas para ouça-o na Caverna do Dragãode Rua Tusetem Barcelona. Isso, porém, não era nada comparado às filas em Paris. Toda a minha vida vou agradecer a ele artigo maravilhoso que Josep Maria Espinas escreveu sobre o Oriol no jornal Avui.

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Viajando pelos Estados Unidos com meu companheiro, conversamos, em São Francisco, com Lionel Hampton, que tinha 90 anos, e eu disse a ele que meu filho se chamava o catalão Lionel Hamptonporque ele tocava vibrafone como anjos.

Em Paris, o local foi próximo ao rio Sena. Assistindo ao filme La La Terraem uma das últimas cenas quase tive um ataque: a protagonista, em busca do companheiro, descia a mesma escada que eu descia para ver meu filho.

“Agora ele não está mais aí, mas sempre lembrarei do seu jazz e dos aplausos de todo o público”

L’Oriol, em francês, apresentou as peças e os músicos. E eu estava animado. Agora ele não está mais lá, mas sempre lembrarei do seu jazz e dos aplausos de todo o público. UM a igreja de Santo Ildefonsonós nos despedimos de Oriolcom todos os músicos que tocaram lá com ele, com A Locomotiva Negra, Old Dixielande o resto de amigos.

Meu filho, eu te amo e sempre lembrarei de você.

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